terça-feira, 24 de julho de 2012

MAGIA: WICCA


Wicca (nome alternativo para a arte da feitiçaria moderna) é uma religião de origem xamanística, positiva, com duas deidades maiores reverenciadas e adoradas em seus ritos: A Deusa (o aspecto feminino e deidade ligada a antiga Deusa Mãe em seu  aspecto triplo de Virgem, Mãe e Anciã.) e seu consorte, o Deus Cornífero (o aspecto masculino).


Seus nomes variam de uma tradição Wiccaniana para outra, e algumas utilizam-se de outros panteões para representar várias faces e estados de ambos os Deuses. Frequentemente, Wicca inclui varias formas de Alta Magia (geralmente com propósitos de cura psíquica ou física, neutralização de negatividade e crescimento espiritual) e ritos para a harmonização pessoal com o ritmo natural das forças da vida marcadas pelas fases da lua e pelas quatro estações do ano. Wicca (que também é conhecida como a "Arte dos Sábios", ou, muitas vezes, somente como "A Arte") é considerada por muitos como uma religião panteísta, politeísta e faz parte de um ressurgimento atual do paganismo, ou movimento neopagão, como muitos preferem chamar.
Feitiçaria, em inglês Witchcraft, é um termo derivado da palavra anglo-saxônica Wiccacraft, que significa "a arte dos sábios". Referia-se ao conhecimento superior possuídos por certos indivíduos numa comunidade, conhecimento da natureza, da herbología, das forças naturais que nos cercam, de certos aspectos da cura e da medicina e da capacidade de contatar a divindade. Assim, o Wicca não era uma força do mal, mas um sábio, a única pessoa na comunidade a quem se podia recorrer quando surgia algum problema religioso, médico, ou outro problema não material. Desde o começo dos tempos, o Xamã, ou sacerdote, era o sábio; e embora o cargo fosse de início atribuído a uma pessoa fisicamente deficiente que não podia caçar nem lutar, acabou por ser exclusivo de uma elite da comunidade e a pertencer aos seus extratos intelectuais mais elevados. A feitiçaria ocidental, uma tradição, sobretudo baseada nas crenças das comunidades anglo-saxônicas e escandinavas, que datam da Idade da Pedra, ergue-se sobre três conceitos básicos:
(1) O culto de uma Deusa-Mãe, um princípio feminino, em vez dos Deus-Homem do Cristianismo;
(2) A crença na reencarnação e o desejo de renascer no mesmo tempo e lugar de seus entes queridos; e
(3) O conhecimento e o uso da Magia, significando esse termo não as mágicas de palco, mas a manipulação da lei natural de modo a trazer benefícios para o homem, utilizando melhor os recursos naturais, explorando os segredos do universo e descobrindo atalhos e remédios para melhorar a vida.
Esses são os três aspectos cardeais da Wicca.

Os bruxos Wiccanos não acreditam no Demônio, porquê o Demônio veio depois, sendo invenção da Igreja política do século XIV, que precisava de um adversário tangível para combater, em vista da continuação da crença no paganismo por grande parte do campesinato. A palavra "Diabo" significa "estrangeiro" na lingua cigana, mas para tornar este adversário um anticristo, os chifres do Deus Grego Pã, o rosto de bode, mais os aspectos fogosos do Belzebu fenício contribuíram para a formação de uma força artificial do mal chamada Diabo. Que essa invenção sem sentido tenha sobrevivido setecentos anos de iluminismo é surpreendente. Mas sobreviveu. Num recente programa de televisão um padre que fora convidado a discutir o exorcismo insistiu com toda a seriedade em que o Demônio era uma pessoa real, exatamente como o descrito na Sagrada Escritura.

Os bruxos não tem familiares, isto é, animais a quem ordenam realizar o que desejam. Podem ter animais domésticos, pois a santidade de todas as formas de vida é parte da crença da feitiçaria. Os Bruxos não lançam feitiços sobre cidadãos ou camponeses inocentes, mas curam os doentes quando estes lhe pedem para fazer isso. Desde os tempos antigos, as comunidades agrícolas e, consequentemente, seus ritos estavam relacionados com a procriação dos animais. Seu rito de fertilidade, no qual os membros femininos da comunidade ou Covem dançavam ao redor do circulo sagrado montados em cabos de vassouras (símbolo da domesticidade), afim de mostrar aos grãos até que altura deveriam crescer, transformou-se na fantasia da viajem pelo céu num cabo de vassoura. O companheiro simbólico da Deusa-Mãe, chamado de Deus Cornudo, transformou-se no Demônio da Igreja hostil, só porque o sumo sacerdote usa um elmo ornado com chifres durante a cerimonia.

A feitiçaria não tem nada a ver com Missa Negra, esta é invenção de pessoas que buscavam emoções proibidas no século XVI, tornando-se particularmente popular na Inglaterra no século XVIII. É simplesmente um arremedo de culto religioso que conspurca a religião católica romana invertendo tudo, do crucifixo as orações. Como os bruxos nem mesmo reconhecem a existência do Cristianismo, haveriam ainda menos de querer ridicularizá-lo. O Satanismo, ou culto do Demônio também não tem a ver com a feitiçaria, salvo por ter tomado por empréstimo alguns ornamentos externos dos bruxos, pervertendo seu sentido ao fazê-lo. Enquanto os bruxos cultuam a vida e a santidade de todas as criaturas vivas, e proíbem toda a forma de sacrifício humano ou animal, enquanto os bruxos acreditam em fazer aquilo que não faz mal a ninguém, os satanistas seguem uma linha de raciocínio oposta. O egoismo, a cobiça, a luxúria e a plena satisfação dos desejos sexuais são não só permitidos como também encorajados, a destruição de criaturas mais fracas é santificada e o princípio do egoismo louvado como forma saudável e construtiva de vida. Num trabalho deste tipo, deve-se dizer que não poderia se cuidar dos grupos satânicos reais, do mesmo modo que um compêndio psicológico não poderia lidar com o assassino em geral. O que passa por culto satânico nos Estados Unidos é uma forma pálida de culto autocentrado, a que falta criminalidade e, em alguns casos, é perfeitamente benígno. Existem grupos satânicos no mundo inteiro; são gente emocionalmente doente, para quem o homicídio é emoção, e fazem tanto parte do oculto quanto um assassino merece a tolerância da comunidade.

Além das assembleias de bruxos e dos praticantes individuais, e dos grupos e indivíduos satânicos, há muitas formas de paganismo, que vão das revivescências da antiga religião egípcia as formas de culto neogregas ou neoceltas. O que estes diferentes grupos de diferentes origens étnicas tem em comum é sua atitude pagã;alguns são politeístas e adoram uma multidão de divindades, outros são aparentemente monoteístas, embora orientados para um ser supremo feminino. Alguns praticam seus cultos usando roupas comuns, outros usam vestes pretas ou brancas, alguns se apresentam nus, e todos tem uma funda e crescente preocupação com a santidade do meio ambiente.



Nota-se nos dias de hoje, um número cada vez maior de pessoas querendo tornarem-se pagãos; os jovens, especialmente, parecem desiludidos com suas igrejas estabelecidas e buscam novas orientações religiosas; não pelo desejo de ter uma experiência excitante, mas por uma desilusão genuína com a religião em que foram educados. Muito poucos querem entrar em contato com um coven de bruxos com a finalidade de ajustar as contas com alguém, achando que vão aprender a fazer feitiços praticamente da noite para o dia. Mas, é comum alguém se queixar que um vizinho o enfeitiçou e quer saber se também poderia aprender a enfeitiçar o vizinho. Com o crescente interesse nos várias formas de cultos pagãos, as alas fanáticas do movimento fundamentalista também aumentaram a vigilância, publicando panfletos e propaganda contra a disseminação do que consideram movimentos diabólicos, citando profusamente a Bíblia, como se a Bíblia fosse de fato escrita diferentemente pela divindade: e, em alguns casos, chegam mesmo a organizar caravanas para fazer propaganda contra o satanismo por todo o país.

Isso me cheira a perseguição religiosa: e, em alguns casos, resultou em arruaças devido ao comportamento provocador dos jovens fanáticos fundamentalistas, que desafiaram os pagãos não apenas para debater, mas também para disputas físicas. Como os pagãos não estão nenhum pouco interessados em fazer proselitismo ou converter os cristãos ou outras religiões ao seu modo de vida - e de fato opõem-se às conversões, se não provierem de convicções profundas e duradouras -,  a necessidade dessa reação violenta por toda a parte dos extremistas, entre os fundamentalistas, parece pouco justificada, ela deriva talvez de um motivo semelhante ao que fez com os cruzados medievais tentassem libertar a Terra Santa dos "infiéis", na idéia errada de que a Palestina estava sofrendo sob o Islã, quando na realidade os cristãos judeus e maometanos viviam pacificamente juntos.
Hoje, o movimento está em uma encruzilhada; não mais secreto, nem clandestino, e perfeitamente protegido pela legislação tanto federal como estadual como expressão de convicções religiosas, os diversos grupos, igrejas, covens e indivíduos pagãos são livres para praticar seu tipo particular de religião como desejarem. São até livres para fazer proselitismo, se desejarem, o que na verdade não querem. Não estão inteiramente livres do preconceito social, e em algumas comunidades distantes ainda persistem antigas superstições com relação aos bruxos e aos pagãos em geral. Mas, de modo geral, muito pouca gente sofre por ser pagã; e, nos poucos casos em que alguém perdeu o emprego por suas convicções religiosas, os tribunais rapidamente o reintegraram em suas legítimas funções. Quando nada, a sociedade mostra-se mais do que justa com aqueles que tem convicções religiosas estranhas. A imprensa leiga, por outro lado, sempre adepta de clichês batidos, não mudou muito a imagem que tem da feitiçaria, que é a dos contos de fadas. Quando fazem entrevistas com bruxos, geralmente a época do halloweem, estas entrevistas demonstram condescendência ou provocam o ridículo; as vezes chegam a difamação e á calúnia. Não, espanta, portanto, que os praticantes dedicados da feitiçaria ou outras crenças pagãs não se deixem entrevistar pela imprensa, rádio ou televisão, preferindo praticar seu culto discretamente ou encontrar-se com gente que tem as mesmas convicções. O que sobra para os meios de comunicação é um grupo pequeno, mas escandaloso, de candidatos a bruxos e feiticeiros, ou qualquer que seja a denominação da fantasia que escolhem, e que não representa mais os verdadeiros pagãos do que os fundamentalistas fanáticos representa a religião.

embora a necessidade de sigilo não seja mais essencial, já surge outro período no horizonte do emergente movimento neopagão. Os grupos e indivíduos pagãos, a medida que se libertam da perseguição, adaptam rapidamente os métodos da religião convencional às suas próprias necessidades. Grupos rivais acusam-se dessa ou aquela transgressão da "lei", como se houvesse de fato uma lei escrita no paganismo. Rivalidades entre os bruxos, quanto a atitude mais adequada, acusações respondidas com outras acusações e a preocupação constante com palavras e discussões passou a ser a marca registrada de muitos pagãos hoje em dia. Em muitos grupos pagãos, os iniciados adotam nomes secretos pelos quais se reconhecem mutuamente. Isso se baseia na velha crença de que há poder não só nas letras mas também nas frases inteiras. Consequentemente, mudar o nome leigo para o nome pagão separa o mundo espiritual do mundo material. Não há nada em qualquer das crenças pagãs, inclusive, até mesmo no satanismo praticado nos Estados Unidos, que seja de alguma forma perigoso para a comunidade ou um convite aberto à rebelião política.

Faz parte da natureza dos grupos pagãos, em geral, que eles se reúnam e se dissolvam com bastante frequência, sendo muito mais efêmeros que as comunidades cristãs ou outras comunidades religiosas. As pessoas se reúnem por uma razão; agrupam-se em torno de um determinado líder ou ideal e, quando se cansam disso, ou descobrem que seu líder tem pés de barro, afastam-se e encontram novas válvulas de escape para sua expressão religiosa.

A maioria dos pagãos parece concordar com várias dessas crenças comumente sustentados:

1 - A divindade é imanente ou interna, bem como transcendente ou externa. Isso é expresso com frequência nas frases: "Tu és Deus" e "Tu és Deusa". Isso pretende representar que os Deuses, tanto estão no universo, no planeta como dentro de cada um de nós. Nós somos manifestações dos Deuses.
2 - Uma multiplicidade de Deuses e Deusas, como deidades individuais e como facetas dos dois Aspectos Divino.
3 - Amor e respeito pela Natureza como algo Divino por direito próprio fazem da conscientização ecológica e dessa atividade uma obrigação religiosa.
4 - Descontentamento com as organizações religiosas monolíticas e desconfiança de supostos messias e gurus.
5 - A convicção de que os seres foram feitos para viver vidas repletas de amor, alegria, prazer e humor. Sem nenhum tipo de preconceito. A concepção de "Pecado Original" inexistente.
6 - O direito de agir como bem quiser, desde que isso não prejudique a ninguém.
7 - O conhecimento de que, o treinamento e intenção apropriados, as mentes e os corações humanos são totalmente capazes de realizar  magia.
8 - A importância da conscientização e celebração dos ciclos solar e lunar e também de outros em nossas vidas.
9 - Uma grande fé na capacidade das pessoas de resolver os seus próprios problemas e dificuldades.
10 - Um total compromisso com o crescimento, evolução e equilíbrio pessoal e universal. Espera-se que o pagão realize esforços intermitentes nessas direções.

A religião Wiccaniana é formada de várias tradições (espécies de seitas) como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Georgiana, Tradicionalista ética e outras. Várias destas tradições foram formadas e introduzidas nos anos 60, e, embora seus rituais, costumes, ciclos místicos e simbolismo possam ser diferentes um dos outros, todas se apoiam nos princípios comuns da lei e da arte.
O dogma principal da arte Wicca é o Conselho Wiccaniano, um código moral simples e benevolente: SEM PREJUDICAR NINGUÉM, REALIZE A SUA VONTADE, ou, em outras palavras, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém - nem mesmo você - (O Conselho Wiccaniano é extremamente importante e não deve ser esquecido na realização de qualquer encantamento ou ritual magico, especialmente naqueles que podem ser considerados como não-éticos ou de natureza manipuladora.)
A Lei Tripla (ou Lei de Três) é uma lei kármica de retribuição tripla que se aplica sempre que você faz alguma coisa, seja ela boa ou má. Não que você será castigado por um ato mau, porém, quando você envia uma energia, o curso natural dela e voltar à você. Assim, caso envie algo de negativo, essa força fará seu caminho, se fortificando, e retornará até você.
Os seguidores da Religião Wicca são chamados de Wiccanianos, Wiccanos, Wiccans ou bruxos. A palavra bruxo (a) aplica-se ( ou ao menos deveria ser aplicada APENAS) aos representantes da Arte. A palavra Warlock que significa "aquele que rompe o julgamento" é usada para apontar traidores da Grande Mãe.
Muitos Wiccans usam um ou mais nomes secretos (Também conhecidos como nomes mágicos, ou nomes de iniciação) para significar o renascimento espiritual e uma nova vida dentro da Arte.
Os Wiccanianos não aceitam o conceito arbitrário do pecado original ou do mal absoluto, e não acreditam em céu ou inferno. Eles crêem que quando morremos, vamos a à Terra de Verão (ou Terra da Juventude Eterna), onde recobramos nossas forças e nos tornamos jovens novamente.


Para entrar em contato com pai Guilherme d'Bará ligue para o fone 53 84352242 ou pelo email buzionline@hotmail.com






















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