terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MAGIA

A Tríade
"O Número Três não deriva seu princípio de si próprio e nem mesmo tem um princípio" (Os Números). As observações a respeito deste número são dispersas e obscuras, incluindo referências vagas a uma lei temporal da trindade, da qual a lei temporal da dualidade depende completamente. "Na ordem divina, 3 é a Santíssima Trindade, como 4 é o ato de sua explosão e o 7, o produto universal e a imensidão infinitas que resultaram das maravilhas desta explosão" (Corresp. Teosófica, carta LXXVI).
"O número três nos é revelado só através dos 12 unificados, como o 4 é por nós conhecido apenas pela sua explosão ou multiplicação por 7, que nos dá 16, e como 7, que é a soma deste 16 (1+6 = 7), descreve a nossa supremacia temporal (3) e espiritual (4), ou a imensidão de nosso destino, como humanos" (Corresp. Teosófica, carta LXXVI). O número três atua na direção das formas nas esferas celeste e terrestre; isto é, sendo ternário, em todos os corpos, o número dos princípios espirituais. "Todos os nomes e símbolos que recaírem neste número pertencem às formas, ou devem ter algum efeito sobre as formas" (Os Números). Acima do celeste, foi o pensamento da Divindade que concebeu o projeto de produzir este mundo, e assim o fez de forma ternária, porque esta era a lei das formas, inata ao pensamento divino.
"Agora, os pensamentos de Deus são seres. A ação harmoniosa e unanime na Divina Trindade é representada pelos três padres quando eles conduzem juntos a Missa" (Os Números).
O Três é, também, o número das essências ou elementos dos quais os corpos são universalmente compostos. Por este número, a lei que dirige a formação dos elementos é expressa e os elementos são resumidos a três, por Saint-Martin, baseado no fato de que há apenas três dimensões, três divisões possíveis de qualquer coisa sensória, três figuras geométricas originais, três faculdades inatas em qualquer ser, três mundos temporais, três níveis na Maçonaria, e como esta lei da tríade demonstra a si mesmo universalmente, de forma tão clara, é razoável supor que o três também está no número dos elementos que são a base de qualquer corpo.
"Se o número três é imposto a tudo que é criado, é porque ele imperava em suas origens" (Obras Póstumas). "Se tivessem havido quatro, ao invés de três elementos, eles teriam sido indestrutíveis e o mundo eterno. Sendo três, eles são esvaziados da existência permanente, porque eles não têm unidade, como fica claro para aqueles que conhecem as verdadeiras leis dos números" (Dos Erros e da Verdade).
"A razão, qualquer que seja ela, parece conflitar com outra afirmação de que pode haver três em um, numa Trindade Divina, mas não um em três, porque aquilo que é um em três deve estar sujeito no fim, a morte" (Dos Erros e da Verdade). "O três não é só o número da essência e da lei que dirige todos os elementos, mas também, as suas incorporações" (Dos Erros e da Verdade). "Ele é, finalmente, um número mercurial terrestre que representa a parte sólida dos corpos, em correspondência simbólica com a alma (sêxtuplo) dos animais, do qual é o primeiro produto e o de todos os princípios intermediários de todas as classes" (Obras Póstumas).

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