quarta-feira, 24 de julho de 2013

BATUQUE

 Já sabemos que a religião afro brasileira descende dos africanos que vieram para o Brasil trazendo consigo suas origens,culturas e crenças.
No Rio Grande do Sul ainda encontramos casas ou terreiros que descendem desses africanos, que passaram suas tradições de pai para filho e assim por diante, (tipo telefone sem fio)


Na verdade os antigos guardavam muitos segredos e levavam muitos deles consigo para seus túmulos.. Salvo as informações passadas aos seus descendentes. 
Vem daí muitos dos fundamentos que pregamos hoje nos nossos terreiros, porém nem todo mundo sabe disso.
Hoje temos muitos meios de buscar informações através da internet, e ainda podemos viajar até a áfrica e aprender um pouquinho dos rituais que lá praticam., conclusão (agimos e pensamos hoje muito deferente dos africanos)
O batuque prega hoje uma mistura de lados, informações, tribos, fundamentos e isso não é ruim por si só, na verdade é que nós brasileiros com a nossa diversidade e criatividade acabamos por fazer uma religião única baseada em fundamentos e informações antigas..
Com o passar do tempo cada ser chega a mesma conclusão que o verdadeiro fundamento africano está dentro de cada um de nós, no respeito aos orixás, na fé que colocamos nos axés, na virtude e na veracidade das posseções.
Com tudo acreditamos e queremos continuar acreditar que somos oriundos desses negros, que temos orgulho de ser religiosos, amamos o que fazemos e buscarmos cada vez mais nossos direitos!
Os nomes mais expressivos da antiguidade, que de uma maneira ou de outra contribuíram para a continuidade dos rituais foram:

Ijexá — Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã), Jovita de Xangô; Miguela do Bará, Pai Idalino de Ogum, Estela de Yemanjá, Ondina de Xapanã, Ormira de Xangô, Pedro de Yemanjá,Pai Tuia de Bará,Pai Tita de Xangô; Menicio Lemos da Yemanjá Zeca Pinheiro de Xapanã, Mãe Rita de Xangô Aganju,entre outros.
Oyó — Mãe Emília de Oyá Lajá, princesa Africana , Pai Donga da Yemanjá, Mãe Gratulina de xapanã, Mãe "Pequena" de Obá, Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai Antoninho da Oxum, Nicola de Xangô, Mãe Moça de Oxum, Miguela de Xangô, Acimar de Xangô, Toninho de Xangô e Tim de Ogum, entre outros.
Jêje — Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima (Joãozinho do Exú By) responsável pela expansão do Batuque no Uruguai e Argentina, Zé da Saia do Sobô, Loreno do Ogum, Nica do Bará, Alzira de Xangô, Pai Pirica de Xangô;Mãe Dada de Xangô; Leda de Xangô; Pai Tião de Bará; Pai Nelson de Xangô, Pai Vinícius de Oxalá entre outros.
Cabinda — Waldemar Antônio dos Santos de Xangô Kamuká; Maria Madalena Aurélio da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, Pai Romário de Oxalá, Pai Gabriel da Oxum,Mãe Marlene de Oxum, Pai Cleon de Oxalá, Pai Mário da Oxum, Pai Nazário do Bará, entre outros.
As entidades cultuadas são as mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais 


O culto, no Batuque, é feito exclusivamente aos Orixás, sendo o Bará o primeiro a ser homenageado antes de qualquer outro, e encontra-se seu assentamento em todos os terreiros, no Candomblé o chamam de Exú.
Entre os Orixás não há hierarquia, um não é mais importante do que o outro, eles simplesmente se completam cada um com determinadas funções dentro do culto. Os principais Orixás cultuados são: BaráOgumOiá-IansãXangôIbeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), OdéOtimObaOsanhaXapanãOxumIemanjáOxalá e Orunmilá (ligado ao culto de Oxalá).

E há também divindades que nem todas nações cultuam como: Legba, Gama (ligada ao culto de Xapanã), Zína, Zambirá e Xanguín (qualidade rara de Bará) que só os mais antigos tem conhecimentos suficientes para fazer seus rituais.


Um comentário:


  1. "Cabra Preta milagrosa, que pelo monte subiu, trazei-me (Nome da mulher/homem que deseja), que de minha mão sumiu. (Nome da mulher/homem que deseja), assim como o galo canta, o burro rincha, o sino toca e a cabra berra, assim tu hás de andar atrás de mim.

    Assim como Caifás, Satanás, Ferrabrás e o Maioral do Inferno, que fazem todos dominar, fazei (Nome da mulher/homem que deseja) se dominar, para me trazer cordeiro, preso debaixo do meu pé esquerdo.

    (Nome da mulher/homem que deseja) , dinheiro na tina e na minha mão não há de faltar; com sede, tu, nem eu, não haveremos de acabar; de tiro e faca, nem tu, nem eu, não há de nos pega r; meus inimigos não hão de me enxergar.

    A luta vencerei, com os poderes da Cabra Preta milagrosa. Fulano, com dois eu te vejo, com três eu te prendo, com Caifás, Satanás, Ferrabrás."

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