quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

OYÁ E O CARNEIRO

A LENDA QUE FALA SOBRE A TRAIÇÃO DE AMIGOS!!!!!!!!!!!!
Oyá e o Carneiro foram uma vez, grandes amigos.
Ela confiava à ele todos os seus pensamentos, seus medos e seus
segredos. Até quando ela não tinha como contar com um Orixá, lá estava
o Carneiro para ajudar e ela o amava acima de todas as coisas.
Os inimigos de Oyá, colocaram um prêmio por sua cabeça; Suas andanças
pelo mundo causam problemas para eles e eles colocaram um prêmio por
sua cabeça. O Carneiro ouviu rumores dos seus anseios, mas como a história
foi passando entre todos na terra, a história mudou.
O que o Carneiro ouviu, foi que Olorun, ele mesmo, queria destruir Oyá, e ele estava oferecendo o presente da imortalidade, para aquele que a trouxesse
ao seu palácio. Em cobiça, o Carneiro foi até Olorun e disse-lhe:
“Pai, eu tenho ouvido sobre seu ódio por Oyá e eu posso trazê-la aqui para
você. Eu posso enganá-la e você poderá ter a cabeça dela como você quiser”.
Olorun ficou abalado. Ele, também, tinha ouvido que Oyá tinha grandes
inimigos que queriam a sua morte. Ele também tinha ouvido que entre todas
as coisas sobre a face da terra, a que ela mais amava era o Carneiro.
"E como você será capaz de trazê-la para mim?", perguntou Olorun.
"É simples, meu Pai...Oyá confia em mim a sua vida, nós somos os melhores amigos que existe. Eu a trarei a você, assim que você concordar em me dar o prêmio que ofereceu por ela!"
"E o que poderia isso ser, Carneiro?".
"A vida eterna. Isto foi o que você prometeu, não é?"
Olorun ao ouvir isso ficou furioso, mas sua face estava calma.
“Carneiro, ele disse, traga Oyá para mim e eu lhe darei o que deseja vida
eterna. Falhe e no lugar da cabeça de Oyá, eu irei ter a sua”.
Ele dispensou o Carneiro e tão logo o animal deixou seu palácio, Olorun
transportou a si mesmo, para a casa de Oyá.
“Oyá, ele alertou-a, você tem muitos inimigos que desejam a sua cabeça!
Mas, nenhum deles pode trair você, como seu melhor amigo. O carneiro
está vindo para entregar você nas mãos deles. Você não pode deixá-lo te
destruir” .
“Pai, ela disse desacreditando, certamente você está brincando! Ele é meu
melhor amigo, aquele no qual eu acredito acima de todas as coisas!"
“Isso é verdade, Oyá! Ele irá oferecer a você, um lugar seguro e ao invés
disso ele a trará até mim. Para você ver, o carneiro acredita que eu quero
a sua cabeça e ele me veio hoje, oferecer trazer você até mim.
“Em troca da sua cabeça ele quer a vida eterna”.
A raiva soou como um sino dentro de Oyá, tomando conta de si e fazendo
o seu sangue ferver. Olorun estava além da mentira, mas o carneiro era o
seu maior amigo. Ele sabia todos os seus segredos.
Os relâmpagos brilhavam em seus olhos quando ela disse: "Eu vou destruí-lo!"
"Não, Oyá", ele a acalmou com sua voz gentil. “amigos jamais podem trair
amigos e você não pode maldizer a quem um dia você abençoou! Quando o carneiro vir para trair você, você vá com ele. Mas antes coloque seus nove
ides de cobre, em uma caixa. Assim que você chegar aos muros do meu
palácio, sacuda a caixa vigorosamente e um enorme redemoinho ira descer
do céu e tirar com segurança do caminho.Meus guardas vão prender o
carneiro nos muros do palácio e eu mesmo irei puní-lo por esta traição. Ele
sabe que o custo da falha é grande e eu mesmo vou tirar a sua cabeça com minhas mãos!"
Olorun parou por um momento e então ele abraçou Oyá.
“Minha filha, os seres mortais fazem coisas estranhas devido à cobiça! Mas o carneiro sabe que você o ama. Talvez mesmo agora, ele esteja repensando
este seu plano vil. Talvez ele não venha. Talvez ele não traia você!"
Ouve então, um ruidoso barulho na porta de Oyá
“É ele!", disse Olorun, “Eu preciso ir!", e sua figura se desmanchou no ar...
Oyá abriu a porta e o carneiro, agitado e desesperado por dentro:
"Minha amiga”, ele disse com sua voz embargada,” seus inimigos estão
vagando na floresta e são muitos! Ele irá vir aqui para matar você! Venha
comigo e eu irei levá-la a um lugar seguro!"
Ela controlou sua raiva e rapidamente disse "Eu preciso pegar uma coisa
primeiro!" “Não temos tempo, Oyá! Rápido!"
Mas antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Oyá estava em seu
quarto. Ela colocou os nove idé de cobre em uma caixa, como Olorun disse
e montou nas costas do carneiro.
“Certamente isso não está acontecendo", ela pensou, "talvez, o carneiro
esteja me pegando para levar longe de Olorun!"
Em um instante, o Carneiro estava correndo pela floresta com Oyá nas
suas costas. O caminho familiar não deixou dúvida para Oyá e ela finalmente acreditou que ele a estava levando para Olorun. Os portões do palácio
cresceram na frente deles e Oyá, como Olorun havia instruído, sacudiu a caixa vigorosamente. Um imenso Tornado desceu e levou Oyá com ele para os
céus, longe da visão do carneiro. Ele congelou. Assim que o Tornado se foi,
ele foi rodeado pelos guardas de Olorun, que o trouxeram diante do trono.
"CARNEIRO!", gritou o normalmente gentil Olorun, “Você se envolveu em
grandes crimes hoje! Você buscou destruir sua melhor amiga, aquela que o
amava acima de todas as coisas. Você pensou que eu queria a cabeça de
Oyá! Eu a amo, assim como amo todas as minhas crianças na Terra. Oyá
tem muitos inimigos, isto é verdade, mas nunca eu fui o seu inimigo. Eu
jamais poderia trair aquilo, que eu uma vez abençoei!"
A ira de Olorun cresceu e encheu a enorme sala.
“Pelo motivo de você estar desejando entregar uma de minhas mais amadas
filhas nas mãos frias da morte, eu sentencio você, carneiro, à morte. Sua
cabeça é minha, assim como todas as cabeças pertencem a mim! Eu vou
tomar a sua cabeça agora!"
E foi assim que o Carneiro encontrou a morte, devido à sua traição à Oyá.
Sua cabeça foi enviada aos inimigos de Oyá, como um sinal de Olorun, que
Ele mesmo, jamais iria tolerar que qualquer coisa fosse feito à Ela! Os
inimigos de Oyá, fugiram e Ela nunca mais foi traída novamente. Desde essa traição, Oyà jamais estará na mesma sala com o Carneiro, que foi uma vez,
o seu melhor amigo, seu confidente e tentou destruí-la.

Cedido por minha amiga Yalorixá Nancy D"Oxum Pandá


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